Certo dia, estava eu a folhear umas revistas, que momento lamentável aliás, pois eram revistas como a Veja e Isto É que estavam na sala, no meio de tantas propagandas e coisas desinteressantes havia uma reportagem que me chamou a atenção pelo lado cômico, ao menos eu achei isso. Enfim, era uma reportagem sobre novas profissões e uma das profissões era sobre pessoas que procuram a cara-metade para clientes que as contratam.
Na momento eu pensei: quanta loucura! E ri de trágico que isso me pareceu.
Nunca pensei que existiria esse tipo profissão, a que ponto estamos chegando, não temos tempo de conhecer pessoas, segundo a reportagem, quem procura este tipo de serviço são pessoas que têm uma vida atarefada e sem tempo para nada, ou seja, eu diria que são pessoas sem tempo de viver.
Isso me lembrou um monte de outras profissões que eu acho estranhas, como aquelas que ensinam etiqueta e de como se vestir, onde fica a espontaneidade, onde fica a vontade própria, possivelmente, na lata do lixo. Tudo bem que pessoas sobrevivem destas profissões, mas elas representam o ápice da coerção para que alguém se adeque às normas sociais e da pressão que as pessoas sentem para se enquadrar, só porque alguém falou que algo é certo não significa que é bom ou tem a ver com você.
Mas não sei bem o que pensar disto, apenas fica a breve reflexão sobre profissões que fazem aquilo que mexe com o que é mais pessoal de cada um, sua vida amorosa, sua roupa, sua maneira de ser. Se todos procurassem um personal alguma coisa para fazer tudo, provavelmente o mundo seria mais chato, acho que é a única coisa certa, imagina todos esquadrinhados conforme a tendência da estação.
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